ENRAIZAMENTO DE ESTACAS DE FRUTEIRAS NATIVAS DO CERRADO

Authors

  • Elainy Botelho Carvalho Pereira Agência Goiana de Desenvolvimento Rural e Fundiário - AGÊ NCIA RURAL, caixa postal 331. Goiânia-GO.
  • Ailton Vitor Pereira Embrapa Cerrados. Caixa postal 08223. CEP 73301-970. Planaltina-DF.
  • José Teodoro Melo Embrapa Cerrados. Caixa postal 08223. CEP 73301-970. Planaltina-DF.
  • José Felipe Ribeiro Embrapa Cerrados. Caixa postal 08223. CEP 73301-970. Planaltina-DF.
  • Josefino de Freitas Fialho Embrapa Cerrados. Caixa postal 08223. CEP 73301-970. Planaltina-DF.
  • Nilton Tadeu Vilela Junqueira Embrapa Cerrados. Caixa postal 08223. CEP 73301-970. Planaltina-DF.

Abstract

Este trabalho foi conduzido em casa de vegetação, sob nebulização intermitente, com o objetivo de avaliar os efeitos de tratamentos com ácido indolbutí­rico (AIB) no enraizamento de estacas de araticum (Annona crassiflora Mart.), baru (Dipteryx alata Vog), cagaita (Eugenia dysenterica D.C.), mangaba (Hancornia speciosa Gomes) e pequi (Carvocar brasiliense Camb.). Em cada uma dessas espécies, foram colhidas estacas caulinares apicais com folhas maduras, provenientes do último surto de crescimento ocorrido na primavera, as quais foram mantidas com uma folha apical inteira (cagaita), uma folha apical partida ao meio (mangaba), uma folha reduzida a 1/3 (araticum), o folí­olo central reduzido a 1/3 (pequi) e dois folí­olos inteiros da base da folha apical (baru). As estacas de todas as espécies foram aparadas com aproximadamente 20 cm de comprimento, sendo também utilizadas estacas de cagaiteira com 10 a 12 cm. A base das estacas foi tratada com AIB (sal de potássio puro) misturado com talco inerte nas concentrações de 0, 2, 4 e 8 g de AIB/kg de talco e diluí­do em água + etanol (1:1), nas concentrações de 0, 2, 4 e 8 g de AIB/litro de solução (aplicado via palito e por imersão rápida durante 5 segundos). No dia anterior ao tratamento, os palitos foram partidos ao meio, colocados para embeber nas soluções de AIB, depois espetados na base das estacas e cortados com tesoura de poda a 1 cm de comprimento. Para fins de comparação, também foram testadas estacas sem qualquer tratamento (testemunha), utilizando dez estacas para cada tratamento e espécie. Os resultados evidenciaram o insucesso da estaquia em araticum, mangaba e pequi e a sua possibilidade na propagação de plantas adultas de cagaita e baru, utilizando estacas com = 20 cm de comprimento. A rizogênese nas estacas é lenta, levando 120 dias para a formação de calos e primórdios de raí­zes na cagaita e até 180 dias no baru. As estacas de baru enraizaram 30% sem qualquer tratamento, mas não enraizaram com tratamentos de AIB, enquanto as de cagaita enraizaram 60% sem AIB e até 90% com AIB aplicado via palito na concentração de 4 g/L que também acelerou a rizogênese.

Palavras-chave: cerrado, fruteiras, propagação, estaquia

CUTTING PROPAGATION OF NATIVE FRUIT PLANTS  FROM THE SAVANNAH REGION OF BRAZIL

Abstract - This trial was carried out under greenhouse conditions with mist to evaluate the effects of indolbutyric acid (IBA) on rooting cuttings of the following species: araticum (Annona crassiflora Mart.), baru (Dipteryx alata Vog), cagaita (Eugenia dysenterica D.C.), mangaba (Hancornia speciosa Gomes) and pequi (Caryocar brasiliense Camb.). For each species, the apical mature shoots were collected in the Spring and cut to about 20 cm length, keeping one complete apical leaf (cagaita), one half of the apical leaf (mangaba), one third of the apical leaf (araticum), one third of the central leaflet (pequi) and two complete basal leaflets (baru). Cagaita shoots were also cut to 10 to 12 cm length. The bases of the cuttings of all species were treated in IB A diluted in both talc (0, 2, 4 and 8 g/kg) and water + ethanol 1:1 (0, 2, 4 and 8 g/l). These were applied by both quick dip and through half toothpicks soaked in those solutions for 24 hours and inserted into the centre of the cutting base. Ten cuttings were utilized for each treatment and species, including a control without IBA. Rooting was evaluated after 120 and 180 days. Araticum, mangaba and pequi failed to root. However, the results showed it possible to root adult plants of cagaita and baru using cutting of 20 cm length. Rooting was very slow for these species, taking from about 120 days for callus and root formation on cagaita and up to 180 days for baru. For the latter species, rooting success was about 30% in the control and 0% in the IBA treatments, indicating possible harmful effects of IBA on rooting. For cagaita, however, IBA treatment (4 g/L) applied through half toothpicks promoted faster and higher rooting with 90% success compared to 60% for the control.

Published

2018-11-23

Issue

Section

Artigos