Sinopse da família Asteraceae na Estrada Parque do Pantanal de Mato Grosso do Sul, Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.17648/heringeriana.v16i1.917997

Palavras-chave:

Centro-Oeste, Compositae, florística, planícies de inundação sazonal

Resumo

 O estudo teve como objetivo realizar o levantamento florístico das Asteraceae que ocorrem ao longo da Estrada Parque do Pantanal (EPP) do Mato Grosso do Sul (MS), integrando comentários morfológicos, taxonômicos, fenológicos e de distribuição das espécies. Foram realizadas coletas mensais pela EPP, entre os anos de 2018-2020 e 2022. A EPP inicia na BR-262, próximo ao anel viário que dá acesso às cidades de Corumbá e Ladário até o Rio Paraguai, local denominado como Porto da Manga. As amostras de plantas férteis foram coletadas e herborizadas para identificação taxonômica e depositadas no Herbário COR da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus do Pantanal. Os resultados apontam que na EPP ocorrem 37 espécies distribuídas em 10 tribos: Heliantheae (10 spp.), Vernonieae (9 spp.), Eupatorieae (7 spp.), Astereae (2 spp.), Coreopsideae (2 spp.), Neurolaeneae (2 spp.), Senecioneae (2 spp.), Millerieae (1 sp.), Nassauvieae (1 sp.) e Tageteae (1 sp.). Quatro novas ocorrência de Asteraceae são destacadas, sendo Dasyanthina palustris e Mikania capricorni novos registros para a Região Centro-Oeste do Brasil e Acmella uliginosa e Calea elongata para o Mato Grosso do Sul.

Biografia do Autor

Daniel de Menezes Mendes, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Laboratório de Botânica Drª. Graziela Maciel Barroso/Herbário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus do Pantanal (COR), Corumbá, MS, Brasil. CEP 79204-902

Gustavo Heiden, Embrapa Clima Temperado

Embrapa Clima Temperado, Rod. BR 392, km 78, C.P. 403, 96010-971, Pelotas, RS, Brasil

Maria Ana Farinaccio, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Laboratório de Botânica Drª. Graziela Maciel Barroso/Herbário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus do Pantanal (COR), Corumbá, MS, Brasil. CEP 79204-902

Referências

Adamoli J. (1995) Zoneamento ecológico do Pantanal baseado no regime de inundações. Inpe. Corumbá. 3 pp.

Campos, S. H. & Farinaccio, M. A. (2021) Sinopse das Apocynaceae da Estrada Parque do Pantanal de Mato Grosso do Sul, Brasil. Heringeriana 15: 178–191 https://doi.org/10.17648/heringeriana.v15i1.917968

CRIA (Centro de Referência e Informação Ambiental). (2022) Specieslink–simple Search. Disponível em: https://specieslink.net/search/ (acesso: 02 Fevereiro 2022).

Damasceno-Júnior, G. A., Pott, A., Pott, V. J. & Silva, J. S. V. (2009) Florestas estacionais no Pantanal, considerações florísticas e subsídios para conservação. Anais 2º Simpósio de Geotecnologias no Pantanal, Corumbá, 11 pp.

Filgueiras, T. S., Nogueira, P. E., Brochado, A. L. & Guala II, G. F. (1994) Caminhamento: um método expedido para levantamentos florísticos qualitativos. Cadernos de geociências 12: 39–48.

Flora do Brasil. (2020) Asteraceae. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB55 (acesso: 02 Fevereiro 2022).

Harris, M. B., Tomas, W., Mourão, G., Silva, C. J. (2005). Safeguarding the Pantanal Wetlands: Threats and Conservation Initiatives. Conservation Biology 19(3): 714–720. https://doi.org/10.1111/j.1523-1739.2005.00708.x

Hickey, L. J. (1973) Classification of the Architecture of Dicotyledonous Leaves. American Journal of Botany 60 (1): 17–33. https://doi.org/10.1002/j.1537-2197.1973.tb10192.x

IUCN (International Union for Conservation of Nature). (2010) Red List of Threatened Species. Disponível em: www.iucnredlist.org (acesso: 17 Março 2021).

Lewis–Smith, R. I. & Richardson, M. (2010) Fuegian plants in Antarctica: natural or anthropogenically assisted immigrants? Biological Invasions 13: 1–5. https://doi.org/10.1007/s10530-010-9784-x

Lorenzi, H. (2000) Plantas daninhas do Brasil: terrestres, aquáticas, parasitas e tóxicas. Nova Odessa, 3. ed., Instituto Plantarum, São Paulo, 608 pp.

Mandel, J. R., Dikow, R. B., Siniscalchi, C. M., Thapa, R., Watson, L. E. & Funk, V. A. (2019) A fully resolved backbone phylogeny reveals numerous dispersals and explosive diversifications throughout the history of Asteraceae. PNAS Latest Articles. 116(28): 1–6. https://doi.org/10.1073/pnas.1903871116

Negrelle, R. R. B. (2013) Composição e estrutura do componente arbóreo de remanescente de Floresta Estacional Semidecidual Aluvial no Pantanal Mato-grossense, Brasil. Revista Árvore 37: 989–999. https://doi.org/10.1590/S0100-67622013000600001

Oliveira, M. S. & Marques, H. R. (2016) Estrada Parque Pantanal: comunidades, solidariedade e desenvolvimento. Revista Semioses 6: 29–38. https://doi.org/10.15202/1981996x.2016v10n2p29

Pereira, G., Chávez, E. D. & Silva, M. E. S. (2012) O estudo das unidades de paisagem do bioma Pantanal. Ambiente & Água - An Interdisciplinary Journal of Applied Science 7(1): 89–103. https://doi.org/10.4136/ambi-agua.826

Radford, A. E., Dickison, W. C., Massey, J. R. & Bell, C. R. (1974) Vascular Plant Systematics. Harper and Row, 1 ed., New York. 891 pp.

Reflora (2022) Herbário Virtual. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: https://reflora.jbrj.gov.br/reflora/herbarioVirtual/ConsultaPublicoHVUC/ConsultaPublicoHVCo.do (acesso: 04 abril 2022).

Roque, N. & Bautista, H. (2008) Asteraceae: Caracterização e Morfologia Floral. 1 ed. EDUFBA, Salvador, 70 pp.

Roque, N., Teles, A. M., Nakajima, J. N. (org.) (2017) A família Asteraceae no Brasil: classificação e diversidade. EDUFBA, 1 ed., Salvador, 260 pp.

Roque, N., Teles, A. M., Pacheco, R. A., Silva, G. H. L., Alves, M. & Nakajima, J. N. (2018). Check-list de Asteraceae no estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica 73: 147–156 https://doi.org/10.21826/2446-8231201873s147

Serra, M. A., Garcia, E. M., Ortiz, R. A., Hasenclever, L. & Moraes, G. I. (2004) A valoração contingente como ferramenta de economia aplicada à conservação ambiental: o caso da Estrada Parque Pantanal. Planejamento e Políticas Públicas (PPP) 27: 193–212.

Silva, J. S. V. & Abdon, M. M. (1998) Delimitação do Pantanal Brasileiro e suas sub-regiões. Pesq. agropec. bras. 33: 1703–1711.

Susanna, A., Baldwin, B. G., Bayer, R. J., Bonifacino, J. M., Garcia-Jacas, N., Keeley, S. C., Mandel, J. R., Ortiz, S., Robinson, H. & Stuessy, T. F. (2020) The classification of the Compositae: A tribute to Vicki Ann Funk (1974-2019). Taxon 69: 807–814 https://doi.org/10.1002/tax.12235

Takahasi, A. & Meirelles, S. T. (2014) Ecologia da vegetação herbácea de bancadas lateríticas (cangas) em Corumbá, MS, Brasil. Hoehnea 41(4): 515–528. https://doi.org/10.1590/2236-8906-63/2013

Thiers, B. (continuously updated) Index Herbariorum: A global directory of public herbaria and associated staff. New York Botanical Garden's Virtual Herbarium. Disponível em: http://sweetgum.nybg.org/science/ih (acesso: 10 Abril 2021).

Tropicos (2022) Missouri Botanical Garden. Disponível em: https://www.tropicos.org/ (acesso: 02 Fevereiro 2022).

Downloads

Publicado

2022-11-16

Como Citar

Mendes, D. de M., Heiden, G., & Farinaccio, M. A. (2022). Sinopse da família Asteraceae na Estrada Parque do Pantanal de Mato Grosso do Sul, Brasil. Heringeriana, 16(1), e917997. https://doi.org/10.17648/heringeriana.v16i1.917997

Edição

Seção

Monografias taxonômicas e checklists comentados

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)