Série Biodiversidade do Jardim Botânico de Brasí­lia

Guia de mamí­feros não voadores do Jardim Botânico de Brasí­lia, DF, Brasil

Resumo

O Jardim Botânico de Brasí­lia (JBB) é uma unidade de conservação de Brasí­lia, DF, localizada na área central do Brasil, criada para preservar parte do bioma Cerrado. É constituí­da por um mosaico de fisionomias vegetais e variações de ambientes, incluindo três categorias de formações fitofisionômicas: florestas, savanas e campos. Apresentamos informações sobre a mastofauna, a partir de levantamentos promovidos por servidores e pesquisadores colaboradores do Este Guia apresenta informações sobre a mastofauna, a partir de levantamentos promovidos por servidores e pesquisadores colaboradores do Jardim Botânico de Brasí­lia (JBB) desde 2009, incluindo dados inéditos na literatura. Os registros foram realizados por intermédio da utilização de método direto (captura e visualização do animal), câmeras fotográficas com sensores automáticos e rastreamento de pegadas e fezes. A fauna de mamí­feros terrestres para a área do JBB e entorno, é constituí­da por, pelo menos, 56 espécies, divididas entre: 22 roedores, oito marsupiais, cinco tatus, dois tamanduás, dois primatas, quatro felinos, três caní­deos e outras quatro espécies de carní­voros, três veados, o coelho-do-mato e a anta. Essa lista é baseada em registros confiáveis, como espécimes-testemunho para os pequenos mamí­feros (roedores e marsupiais) e fotos e registros diretos para as espécies de maior porte (veados, macacos, carní­voros, anta, tatus e tamanduás). Apenas duas das espécies de roedores listadas ainda não têm registro dentro do JBB, mas em regiões limí­trofes, sendo provável sua presença e, por isso, são aqui, também, apresentadas. Para cada espécie são fornecidos o nome comum em português, nome cientí­fico seguido pelo autor que descreveu a espécie, nome comum em inglês, etimologia do nome cientí­fico, status de conservação, distribuição geográfica com mapa, descrição morfológica, comentários sobre a biologia (incluindo, quando possí­vel, dados de dieta, hábitos e reprodução) e bibliografia utilizada. As medidas foram incluí­das por ajudarem na identificação do animal. Nem sempre foi possí­vel manter a homogeneidade das informações, uma vez que muitas espécies não são bem conhecidas, e com os constantes avanços taxonômicos, espécies foram revalidadas e não foram ainda avaliadas. O JBB protege em sua área 14 espécies de mamí­feros terrestres categorizadas em algum critério de ameaça pelo ICMBio, sendo 10 consideradas "Vulneráveis", duas "Em Perigo", e duas "Quase Ameaçadas", mostrando a importância dessa unidade de conservação na proteção a essas espécies. No JBB os carní­voros possuem o maior número de espécies (5) com algum grau de ameaçada, seguido dos roedores (3), e dos marsupiais, primatas, perissodáctilos, artiodátilos, tatus e tamanduás, cada um com uma espécie ameaçada na área. Esse quadro reforça a importância das unidades de conservação, de todas as categorias, para a manutenção da diversidade.